quinta-feira, 19 de maio de 2016

NOVO HONDA CIVIC TURBO ANDA BEM, MAS CUSTARÁ CARO

Motor 1.5 de 176 cv é a grande estrela da 10ª geração, que vem recheada de equipamentos


Definir um carro como “o melhor de todos os tempos” é um clichê tão batido que deveria ser banido das peças publicitárias. Mas, como todo bom clichê tem seu fundo de verdade, a Honda não estaria exagerando se atribuísse a definição à décima geração do Civic, conforme constatamos ao avalia-la pelas ruas e estradas da Califórnia.
Durante o percurso de pouco mais de 100 quilômetros que passou pelas cidades de Santa Monica, Malibu e Los Angeles, o sedã mostrou que dará (muito) trabalho a seus concorrentes quando estrear no Brasil no segundo semestre deste ano – possivelmente até agosto ele estará entre nós.


A grande estrela da nova geração é o motor 1.5 i-VTEC Turbo, que infelizmente será oferecido apenas na versão topo-de-linha Touring – cujo nome não está confirmado para o mercado brasileiro. Com 173 hp (ou aproximadamente 176 cv) e torque máximo de 22,4 mkgf entre 1.700 rpm e 5.500 rpm, ele é bastante ágil nas acelerações e especialmente nas retomadas.



A transmissão CVT é calibrada para proporcionar uma dirigibilidade mais confortável do que esportiva, mas isso não significa que o Civic é um carro lento. Muito pelo contrário: embora a Honda não divulgue números de desempenho, publicações especializadas afirmam ter levado menos de 7 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h. Se confirmado, trata-se de um número melhor até do que modelos mais potentes, como o Jetta TSI (de 211 cv e câmbio DSG), que realiza a mesma tarefa em 7,2 segundos, de acordo com a VW.



Voltando ao Civic, a caixa continuamente variável funciona de forma bastante suave praticamente o tempo todo, mas faz o motor “gritar” demais nas situações de aceleração total, causando desconforto em quem viaja no veículo. Outro ponto negativo está na ausência da opção de trocas sequenciais de marcha, seja por toques na alavanca ou por paddle-shifts. A Honda brasileira, no entanto, não descartou a possibilidade de equipar o Civic nacional com aletas atrás do volante, algo que acontece em alguns mercados asiáticos, como a Tailândia.
O modelo está maior (4,63 metros de comprimento, contra 4,53 metros do atual) mais largo (1,80 metro ante 1,76 metro) e com distância entre-eixos 3 centímetros maior (são 2,70 metros contra 2,67 metros), mas mais baixo (1,41 metro de altura frente a 1,45 metro). O espaço é muito bom para dois passageiros atrás e a capacidade do porta-malas é de 530 litros, uma evolução e tanto diante dos 449 litros atuais.

Fonte: 4rodas

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